domingo, 16 de dezembro de 2007

U-995 e o Memorial dos Marinheiros Alemães

Por dentro do U-995

“A Marinha é a flor e a nata das forças armadas. A Força de Submarinos é a flor e a nata da Marinha”. Com estas palavras o Almirante Karl Döenitz recebeu um jovem cadete na Escola Naval alemã em Kiel, em 1934. O cadete Otto Kretschmer (1912-1998) tornar-se-ia o mais bem sucedido comandante de submarinos da II Guerra com um recorde impressionante: 46 navios afundados num total de 273.043 toneladas.

A força de submarinos alemã granjeou fama na I Guerra mundial, quando os submarinos alemães quase cortaram as linhas de comunicações dos aliados, feito que quase foi atingido também na II Guerra.

Com o fim da I Guerra, os aliados impuseram aos alemães uma série de restrições no que dizia respeito ao militarismo. Mas essas proibições, claro, foram burladas pelos alemães antes mesmo da ascensão de Hitler ao poder, através do auxílio a outros países em seus próprios projetos.

No inícío da II Guerra, a Força de Submarinos Alemã executou um projeto pessoal do Almirante Dönitz: Um ataque a ultra protegida base inglesa de Scapa Flow sede esquadra inglesa. O local, além de ser de difícil navegação, tinha uma série de obstáculos artificiais, mas isso não impediu o Tenente-Comandante Ghunter Prien de penetrar na base e afundar o couraçado Royal Oak, em outubro de 1939, com a perda de 833 homens.

Os submarinos alemães foram responsáveis por 70% das perdas navais aliadas, e grande parte deste sucesso deve-se aos avanços tecnológicos alcançados pelos engenheiros alemães, (além da capacidade das tripulações) o que fez com que ao final da guerra, os vencedores do conflito, procurassem capturar engenheiros e equipamentos, sem contar os submarinos em si que, sob ordens entregaram-se em algum porto aliado. Entre estes, alguns submarinos Tipo XXI , um dos últimos modelos desenvolvido pela engenharia alemã, e que alcançava 18 nós submerso, o que para a época foi uma façanha notável.

O U-995 é umTipo VII C/41, variante do Tipo VIIC que foi o modelo padrão dos alemães na guerra. O Tipo VIIC/41, também é chamado de “versão atlântica” pois tinha um alcance maior em comparação com seus antecessores.

Foi comissionado em 16 de setembro de 1943. Durante sua vida operacional, o U-995 fez 9 patrulhas, no período de 1 de junho de 1944 até 8 de maio de 1945, data da capitulação alemã. Teve apenas dois comandantes: Kptlt. Walter Köhntopp e Hans-Georg Hess , este ultimo, agraciado com a Ritterkreuz(Cruz de Cavaleiro) e que ainda vive perto de Hamburgo.

Em 1948 o submarino foi entregue pelos ingleses, que o haviam capturado à marinha norueguesa que o rebatizou de Kaura,, servindo até 1965, quando a marinha norueguesa o retirou do serviço ativo. Os noruegueses o ofereceram então ao governo alemão pela quantia de 1 DM(Marco Alemão) que recusou!

Felizmente a Liga da Marinha Alemã pagou o preço e providenciou o translado do submarino para Laboe, cidade a poucos kilômetros de Kiel e em outubro de 1971 o submarino foi colocado em frente ao Memorial dos Marinheiros Alemães, onde foi aberto à visitação pública.

O museu fica aberto diariamente da 09:00 ás 18:00 hs no verão e de 10:00 ás 17:00 hs no inverno.

O Memorial dos Marinheiros Alemães

Em frente ao U-995, está localizado o Memorial dos Marinheiros Alemães. A idéia da construção do memorial foi do suboficial Willhelm Lammertz, ex- presidente da Liga da Marinha Alemã. A idéia era reverenciar a memória dos que perderam a vida no mar.

O projeto foi iniciado em 1925 e em 1927 foi lançada a pedra fundamental. A construção terminou em 1936.

A arquitetura é impressionante. Uma torre de 85 metros, assistida por dois elevadores internos permite uma visão maravilhosa da baía de Kiel. A torre tem o formato de uma vela. Logo na entrada, um dos hélices do Prinz Eugen, navio que os americanos usaram no teste nuclear em Bikini.

Na base da torre, está localizado o Hall de Honra. O nome dos marinheiros alemães mortos em ação estão registrados num livro que pode ser visto pelos visitantes.

No subterrâneo do monumento, logo abaixo da torre, há o Hall da Celebração com uma homenagem aos marinheiros mortos na I Guerra Mundial.

Nos fundos do Memorial, há um grande salão com maquetes de navios da Marinha Alemã, em escala grande e muito bem feitas.

E há também uma loja, onde vários objetos podem ser adquiridos. De pôsters à bonés.
Fonte: Site Base Militar - Texto: Léo Melo

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02 U-995 vista lateral

01 U-995 visto de cima

06 U-995 vista da popa

05 U-995 detalhe da vela com o armamento antiaéreo e canhão

04 U-995 insígnea do submarino

03 U-995 visão frontal da proa

11 U-995 detalhe do eixo

28 U-995 cozinha

27 U-995 sala de torpedos de popa

26 U-995 acumuladores das baterias

25 U-995 sala de comando

24 U-995 motor diesel - observar telegrafo de máquiana

23 U-995 Motor Diesel

22 U-995 motores diesel

21 U-995 sala de comando lado oposto

20 U-995 sala de rádio

19 U-995 sala de comando

18 U-995 mesa de navegação

17 U-995 sala de rádio

16 U-995 tubos de proa

15 U-995 o hélice do torpedo

14 U-995 sala de torpedos de proa - lado oposto

13 U-995 sala de torpedos de proa

12 U-995 sala de comando e periscópio

10 U-995 hélice, eixo e leme

09 U-995 diagrama do submarino

08 U-995 leme de profundidade

07 U-995 vista lateral da proa

Vista da cidade de Laboe

Mural com silhueta dos diversos navios alemães afundados nas duas guerras mundiais.

Maquete do Encouraçado Kaizer Guilherme

Maquete do Cruzador Prinz Eugen

Maquete de dois Caça Minas da 1º Guerra

Hélice do Prinz Eugen

Navio da 1ª guerra

Maquete do Wilhelm Gustlof. Afundado por um submarino soviético em 30 de janeiro de 1945. Mais de 10.000 pessoas morreram no Mar Báltico

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