quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reflexões

"Há muitas pessoas vivendo numa prisão imaginária, são os prisioneiros de suas próprias mentes, alí jogados pelas limitações impostas a sí mesmas, aceitando a pobreza e a derrota."
Andrew Carnegie

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Uma Mente Brilhante

Abaixo transcrevo coluna publicada no Estadão on line. Por quê me chamou atenção a matéria? Explico: nunca me seduziu a “parábola” do beija-flor que tenta, sozinho, e sem ganhar nada para isto, apagar o incêndio na floresta e quando questionado afirma estar fazendo a parte dele. Sempre me pareceu uma grande demonstração de desperdício de energia e tempo, além, de se tratar de um benemerismo tão utópico que dificilmente este pássaro conseguiria aliados. Vale dizer: se não tiver recompensa a entregar a outros, morrerá tentando sem alcançar o objetivo pretendido; um desperdício. Entenda-se recompensa como qualquer benefício a ser usufruído. No caso do incêndio da floresta, outros, certamente, se juntariam à pequena ave para salvar suas próprias vidas. Nunca esquecendo que o beija-flor está na empreitada por deliberação de sua moral interna, pois, pode ele, a qualquer momento, voar para longe da floresta em chamas. Não quero com isto dizer que não devemos praticar a caridade. Não, não é isto. Apenas acho que a prática do solidarismo sem que isto traga resultados práticos, palpáveis, ou é demonstração de falta de inteligência ou é hipocrisia da pior espécie.

Por outra faceta, sempre gostei da afirmação: “O que não tem solução, solucionado está.” Acrescento, apenas, que devemos buscar os meios necessários para minorar os efeitos colaterais do fato negativo, ou catastrófico, que se consumou ou está por se consumar. Pois bem! A “Teoria dos Jogos” que é defendida, entre outros, por John Nash, formulador do “Equilíbrio de Nash”, ganhador do Prêmio Nobel e cuja vida inspirou o filme “Uma Mente Brilhante”, aborda: de um lado, o polêmico tema do parágrafo anterior e por outro a reciprocidade de ações e a certeza da retaliação como pressupostos do “equilíbrio do terror” para garantir a paz. Forças contrárias e de igual intensidade se anulam.

Aos colegas, Delegados de Polícia que acessam o blog, lembro ter feito comentários sobre nossa conduta como categoria funcional no Grupo “Instituto dos Delegados” criado e moderado pelo meu colega e particular amigo Dr. Zavataro. Lá, nas mensagens nºs 428, de 05.10.2006 e 2389, de 02.08.2007, abordo conduta classista que se encaixa na “Teoria do Jogo” e no “Equilíbrio de Nash”. Não transcrevo, aqui, o teor por tratar de temas relativos, exclusivamente, à nossa profissão. Também, ilustro esta postagem com dois vídeos do YouTube. Num vemos cenas do drama “Uma Mente Brilhante”, o qual elenco entre os dez melhores filmes que já assisti, e noutro o verdadeiro John Nash.

Segue, a matéria citada:

“Corte unilateral de emissão de CO2 seria 'ato de caridade', diz ganhador do Nobel
John Nash e outros três nobelistas de teoria dos jogos estão em São Paulo para evento na USP

03 de agosto de 2010

O ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1994, John Nash, cuja vida inspirou o filme Uma Mente Brilhante, vencedor do Oscar de 2001, disse em entrevista concedida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP que mais do que um consenso da maioria dos cientistas, uma unanimidade em torno da questão do aquecimento global poderá ser necessária antes que os países aceitem metas obrigatórias de redução de emissões.

Nash foi o elaborador de um conceito, chamado equilíbrio de Nash, no qual os participantes de um jogo se veem numa situação onde nenhum deles é capaz de obter progresso individualmente, mas apenas por meio de uma ação combinada. Seminário realizado na FEA, e que termina nesta quarta-feira, 4, celebra os 60 anos da proposição do equilíbrio de Nash.

Perguntado sobre se a situação atual das negociações a respeito dos cortes de carbono seria um equilíbrio desse tipo, Nash ponderou que, do ponto de vista da teoria dos jogos, não faz sentido um país assumir metas firmes de corte de CO2 se outras nações de igual nível de desenvolvimento não o fizerem. "Assumir sozinho o fardo de salvar o planeta seria como um ato de caridade, como dar dinheiro para a sua igreja mesmo se outros fiéis com a mesma renda que você não o fizerem".

O trabalho de Nash, que é matemático, se inscreve em um ramo da matemática aplicada muito usado por economistas e cientistas sociais - a teoria dos jogos - que analisa incentivos e cria modelos para determinar como pessoas e sociedades podem ou devem reagir a determinadas circunstâncias, a partir dos bônus e ônus de cada situação. É aplicada tanto no estudo de relações econômicas quanto na preparação de negociações e na elaboração de propostas de reformas políticas e institucionais.

Além de Nash, outros três ganhadores do Nobel de Economia por trabalhos relacionados a teoria dos jogos estão no Brasil para o seminário, que tem o nome oficial de 2nd Brazilian Workshop of the Game Theory Society.

Análises de incentivos às vezes podem levar a soluções contraintuitivas. O ganhador do Nobel de 2005, Robert J. Aumann, disse que a melhor forma de evitar uma guerra é garantir que as partes em conflito tenham incentivos para se abster da violência - e que o melhor incentivo não são concessões de parte a parte, mas sim a percepção de que o adversário é forte e está disposto a se defender. "Se todos os lados do conflito estiverem preparados para a guerra, não haverá guerra".

"Os campeões mundiais da paz foram os romanos, que mantiveram a paz por 400 anos. E qual era o lema deles? Se queres a paz, prepara-te para a guerra. E isso, sim, é teoria dos jogos", disse Aumann, explicando o argumento do discurso que fez ao receber seu Nobel.

A parte da teoria dos jogos que estuda e propõe mudanças em instituições - incluindo governos e parlamentos - esteve representada da FEA pelos nobelistas de 2007, Eric Maskin e Roger Myerson. "Pessoas respondem a incentivos", disse Maskin, resumindo a lógica por trás da teoria. "Se você precisa de uma razão para escolher entre A e B, e eu lhe der um prêmio para escolher A, é mais provável que você escolha A. Esse é o pressuposto".

Maskin faz a ressalva de que a teoria não é capaz de prever o que cada indivíduo vai fazer, mas que funciona bem com grandes grupos de pessoas.

"Embora eu possa desviar um pouco do comportamento médio e você possa desviar um pouco, se houver um número grande o suficiente de nós os desvios vão se cancelar e então, em média, a teoria faz um ótimo trabalho".

Myerson, que está participando de discussões sobre o sistema eleitoral brasileiro, compara a dificuldade de criar os incentivos para uma reforma política com os envolvidos nas disputas sobre livre comércio. "As indústrias ameaçadas pela competição estrangeira têm uma ideia bem clara do que podem perder, e comunicam isso aos governos", disse ele. "Já a perda, menor em cada caso individual mas sofrida por milhões consumidores, por causa da proteção, teve de ser articulada pelos economistas".

Da mesma forma, disse Myerson, estudiosos de teoria dos jogos devem se esforçar para articular e apresentar o que está em jogo para o eleitorado.

O pesquisador declarou que uma de suas inspirações para entrar no ramo de teoria dos jogos foi o romance Fundação, de Isaac Asimov, "no qual um matemático cientista social salva o Universo".

"Não creio que um dia saberemos o bastante para prever o futuro", disse ele, referindo-se ao poder da ciência social fictícia apresentada por Asimov em seus livros, capaz de prever os rumos da sociedade ao longo de séculos. "Mas acho que podemos, sim, evitar desastres. Não prevendo o futuro, mas projetando as regras do jogo".




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Reflexões

"Pelo entusiasmo medimos a idade do homem: velho é aquele que não vibra com nada e acha tudo difícil e irrealizável."

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Projeto FX2

Tenho acompanhado atentamente a renovação da frota da aviação de caça no Brasil. O processo vem desde o governo FHC com o Projeto FX, não concluído, sendo reeditado no governo Lula com a denominação de Projeto FX2. Trata-se de uma compra direta e não de uma licitação como a imprensa insiste em afirmar. Frise-se: a imprensa e os jornalistas brasileiros não têm compromisso com qualquer forma de apuro técnico; o que vale para este setor é o “chutómetro” e o “achismo”. Se no governo anterior a prioridade era, exclusivamente, pela aquisição de aeronaves que atendessem à função de defesa externa, uma simples “compra de prateleira”, no governo atual tomou rumo mais amplo, buscando contemplar interesses estratégicos de Estado. Não mais se priorizou o melhor caça pelo menor preço, mas sim, a transferência de tecnologia necessária não só à defesa, mas, também, capaz de entregar ao País a possibilidade de reequipar suas Forças Armadas com moderno aparato bélico produzido dentro do nosso território. Do ponto de vista estratégico o Ministro Nelson Jobim foi feliz ao cunhar a frase: “dotar o Brasil da capacidade de dizer não”. Pois bem, estão aí os finalistas do FX2:

Boeing F18 SH – Super Hornet - duas turbinas, procedência: USA. Plataforma testada em combate e extremamente eficiente, bom preço, porém, os Estados Unidos não transferem tecnologia. Para vender prometem mostrar como se fabrica até a quinta essência de todos os recursos que o avião dispõe. Depois de vendido, na maior “cara dura”, se negam a entregar o prometido.

SAAB Gripen NG – Nova Geração - uma turbina, procedência: Suécia. É apenas um projeto. O avião não existe. O governo sueco promete transferir toda tecnologia empregada na futura aeronave, só que, a maior parte da tecnologia do atual Gripen é americana, inclusive a turbina, e depende de autorização do Congresso dos Estados Unidos para que seja transferida. Será, sem sombra de dúvida, o mais barato, tanto a plataforma como a hora voada. Contudo, os executivos da empresa e as autoridades suecas afirmam que o Gripen NG, diferentemente do Gripen, poderá utilizar qualquer tecnologia que se queira empregar nele, pois, ainda é um projeto. Tem lógica.

Dassault Rafale, duas turbinas, procedência: França. Testado em combate e extremamente eficiente. É o mais caro de todos. Muito mais caro! O ciclo completo de produção, em todas as suas facetas, é de domínio francês. Há o compromisso do governo daquele País com transferência irrestrita de tecnologia. Duvido que cumpram esta expressão “irrestrita”.

O Presidente da República já manifestou sua preferência pelo Rafale. Observe-se: esta posição foi explicitada antes da França puxar o tapete do Brasil na negociação do programa nuclear iraniano. O FX2 se concluirá em breve. Os franceses devem levar a melhor, todavia, o projeto Gripen NG tem seus encantos, justamente por não existir a aeronave o que proporcionaria a experiência de, juntamente com os suecos, os engenheiros brasileiros desenvolverem a aeronave desde a prancheta. Um detalhe, importante, caso Lula deixe a decisão para o sucessor sendo este ela (Dilma) ou ele (Serra), tanto faz, significa que o Rafale “subiu no telhado”. Pode dar Gripen NG, ou, o FX2 pode ter o mesmo destino do FX: arquivo.

Abaixo posto uma reportagem havida no Fantástico da Rede globo, que dá uma pequena, muito pequena, idéia do que sejam estas aeronaves. Apenas uma ressalva, apesar dos repórteres afirmarem tratar-se dos mais avançados caças existentes, na verdade não são. São plataformas de 4ª geração, ou na visão de alguns especialistas, “4,5ª” geração e hoje os Estados Unidos possuem aviões de 5ª geração, com baixíssima assinatura de radar: F22 Raptor e F35 Lightning e os russos já estão voando o protótipo do seu 5ª geração, denominado PAK FA. Posto, também, vídeos dos F22 (o mais avançado caça do mundo), F35 e PAK FA, além de filmagens do sistema gatling utilizado nos canhão e metralhadora Vulcan, esta última equipando o F22 e o F35.

Ps. Pode-se perguntar: como os franceses têm domínio total do conhecimento necessário à produção de máquinas tão sofisticadas? Frisando-se, ainda, que também possuem tecnologia própria para produção de embarcações de guerra das mais modernas, submarinos diesel/elétricos e nucleares, além, de artefatos balísticos atômicos. Isto deve-se a uma decisão de Estado tomada, nas décadas de 1950 e 1960, pelo Presidente Charles De Gaulle que, do alto de sua autoridade conquistada com a vitória aliada na 2ª Grande Guerra quando comandou as forças da França Livre, impôs ao país a estratégia de ser auto-suficiente em toda tecnologia necessária à defesa da França. Daí a razão do preço estratosférico do Rafale. Juram os franceses que o caça da Dassault é francês desde seu mais barato parafuso até os mais sofisticados “softwere” ou aviônico nele empregados. Particularmente, duvido desta afirmação. Certamente tem tecnologia e materiais de outras nações, notadamente, dos Estados Unidos.











terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reflexões

“Um poder superior me empurra para uma meta, enquanto ela não for alcançada eu sou invulnerável, imbatível, mas, se não tiver mais metas, bastará uma mosca para derrubar-me.”
Napoleão Bonaparte

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Reflexões

“A vitória sempre foi de quem nunca duvidou dela.”
Raul Follerean

domingo, 1 de agosto de 2010

GP da Hungria – Barrichello x Schumacher – Jogo de Equipe

O GP da Hungria mostrou que Felipe “Mepassa” assumiu definitivamente a condição de segundo piloto da Ferrari. Como, aliás, era esperado, haja vista Alonso ser muito melhor piloto e mandar na escuderia via dinheiro do Banco Santander.

A FIA estuda, a partir da próxima temporada, admitir o “jogo de equipe” desde que o companheiro não tenha condições matemáticas de alcançar o título. Com esta medida, se adotada, os dirigentes da FIA, em especial o seu presidente “João Nescal”, vão continuar demonstrado toda sua incompetência em dirigir o automobilismo mundial. O “jogo de equipe”, antes de chegar à condição pensada pelos cartolas, vai continuar existindo clandestinamente da mesma forma que acontece desde o episódio Barrichello x Schumacher em 2002; antes desse evento, era permitido, ou, numa melhor abordagem, não era proibido. Sou favorável que a escuderia decida com liberdade, juntamente com seus pilotos, como deve disputar o campeonato. Se com primeiro e segundo pilotos ou se com pilotos em igualdade de condições. Isso deve ser estabelecido de forma expressa no contrato e tornado público para que todos saibam como aquele time vai competir.

Observei, no parágrafo anterior, que antes daquela nefasta ordem da Ferrari para que Barrichello permitisse a passagem de Schumacher, o “jogo de equipe” não era proibido. Os contratos estabeleciam o cumprimento de ordens desde que não violassem o regulamento do campeonato. Até então, o regulamento silenciava sobre a possibilidade da equipe interferir no posicionamento de seus pilotos na pista. Faço menção a isso porque neste evento envolvendo o ”Mepassa”, a esmagadora maioria dos torcedores trataram de forma igual episódios que, na verdade e na essência, são muito diferentes. Barrichello estava obrigado a atender a ordem da equipe sob pena de quebra de contrato. Se não cumprisse iria para “rua” por “justa causa”. Ao contrário, o Felipe “Mepassa” estava obrigado a NÃO cumprir a ordem da equipe sob pena de violar a regulamento da competição. Se não cumprisse não poderia ser demitido.

O GP da Hungria de hoje valeu pela espetacular ultrapassagem de Barrichello sobre o “Dick Vigarista”. Diga-se, de passagem, que vigarice já não é mais apenas a sua única prática, agora, ele tenta se especializar em homicídio. Aquilo que vimos foi pura tentativa de homicídio. Se não acaba o muro, adeus Barrichello.